junho 14, 2006

Santos Populares...

Há muitos anos que não vou aos arraiais nem compro manjericos... no entanto.. arranja-se sempre algo para fazer... (",)

Sexta feira 9 de Junho de 2006

Fui ter com as amigas da praxe.. objectivo: caça aos caracóis... isto é, abertura oficial da época dos caracolitos nas esplanadas... acompanhados.. (na)turalmente.. pela loirinha imperial!
Acabei por terminar a noite nas ruas de alfama.. a nataliE "arrastou-me" a conhecer a S e o M, e depois do jantar no Baldraque (excelente comidinha e decoração 5 estrelas) fomos a um barzinho nas ruas de Alfama, passando pelos arraiais - noite calma, ainda de preparação para o desfile (que a Marcha de Alfama ganhou pelo terceiro ano consecutivo!) de dia 12.

Fim de semana

Dias para por a conversa em dia com a família. Muitas novidades!

Segunda feira 12 de Junho de 2006

Fui trabalhar ... =(

Terça feira 13 de Junho de 2006

Para não quebrar a tradição.. lá arrastei a mãe para a Feira do Livro.. último dia de folia... também com tantas distracções (corridas, teatro, rock in rio) o tempo quase não chega para tudo.
Lá viemos carregadinhas .. livros mais antigos.. livros mais recentes... autores nacionais, autores internacionais.. bons descontos ou nem por isso. Verdade seja dita.. mãos bem carregadas e carteiras bem mais leves.

Andava eu em passeio a ver alguns dos últimos stands (claro que houve alguns que nem de perto passei), já sozinha - a mãe tinha ficado sentadinha a descansar e a guardar os já 10 livros comprados... - quando reparei no livro de culinária do José Avillez, moço de Cascais que em 2005 ganhou o prémio Chef do Futuro da Academia Internacional de Gastronomia.. E eu que até acho piada a essas coisas de culinária (adoro ver o programa do Jamie Oliver e até já comprei um dos livros do moço) pensei cá para comigo.. e porque não ter um livro de um moçoilo português (e já agora, cheio de coisas boas .. o livro.. o moçoilo não sei, não provei!) e lá me aproximei do stand.. para comprar o livro (Editora: - passe a publicidade - A Esfera dos Livros). Reparei num outro livro que me chamou a atenção: "Frases que fizeram a História de Portugal", e ao canto estava um moço (o famoso «Gajo da boina» para quem conhece o programa da 2: - A Revolta dos Pastéis de Nata) numa das usuais sessões de autógrafos. Quando me estava a aproximar do stand da editora, eis que surge um jornalista para entrevistar o autor - Luís Filipe Borges. Naturalmente, como estava mesmo ali ao lado, lá fui ouvindo a entrevista. A conversa até que abriu o apetite e lá acabei por decidir comprar o livro "Sou Português... e agora?". Como não havia fila para os autógrafos (com a excepção do jornalista que massacrava LFB com as suas perguntas..) lá me aproximei para que me autografasse o livro - coisa rara, apenas tenho um livro da colecção Uma Aventura autografado pela Ana Maria Magalhães, e houve uma vez, que com dois livros para oferecer, lá fui para a fila onde Saramago autografava as suas obras... -.
LFB lá me perguntou então como me chamava, e enquanto eu esperava que escrevesse algo mais que "Para a..." lá ia ouvindo o resto da entrevista. LFB respondia pacientemente a questões sobre influências, tipologias da comédia actual, etc.. Até que finalmente surge a última questão (relativa aos pastéis de nata) "Qual é o seu doce favorito?" à que LFB respondeu "(...) teria de dizer o bolo de arroz". Deu-me vontade de rir (verão porquê). E não é que o jornalista se vira para mim e me pergunta: "E já agora, qual é o seu doce favorito?" Instintivamente respondi: "Quando era pequena era o bolo de arroz, agora é mais bolas de berlim e pastéis de nata." Saiu-me! Perguntou ainda se conhecia o programa, do que gostava.. terminou assim.

Enfim.. foi um dia em cheio! Pedi um autógrafo e recebi um bem personalizado (LFB pediu-me desculpa pela entrevista improvisada), fui entrevistada, e diverti-me imenso a ler o livro - sim, já li o livro todo, as 175 páginas, isto porque "Toda a gente sabe que um livro, para ser levado a sério, tem de ter, pelo menos, 150 páginas." (LFB; Sou Português... e agora?; p. 77)

Para quem é português e não sabe o que há de fazer (ou sabe que não há nada a fazer), para quem não conhece os dez mandamentos tugas, para quem quer simplesmente saber.. Aconselho vivamente.

a conhecer aqui

Sinopse:

Luís Filipe Borges arregaçou as mangas e partiu por um caminho sem retorno, à descoberta do que afinal é ser português. Um espécime único que devemos a todo o custo preservar, com uma relação conflituosa e ambígua com o futebol, o sexo, o trânsito, a Economia, a Europa, os telemóveis, a política, os imigrantes, etc. Claro que há sempre a hipótese de deixar de ser português, através de estratégias mirabolantes inventadas pelo «gajo da boina» e que podem ser seguidas à risca, sem perigo de vida. Mas e daí, quem é que quer deixar de ser «tuga», quando somos invejados por todos os outros habitantes do planeta Terra, pelo clima do nosso belo país à beira mar plantado, pela bica quentinha, o pastel de nata, o fado, o Mourinho…

Sem comentários: