abril 25, 2007

Músicas dos Anos 80

Existe um certo jornal que decidiu lançar uma colectânea de canções, portuguesas, nacionais, dos últimos 50 anos. Uma excelente colecção, da qual importa destacar o conjunto de músicas dos Anos 80.

A colecção é bastante completa, com todos os êxitos que ouvíamos: Chiclete, Chico Fininho, Cavalos de Corrida, Portugal na CEE, Cristina (Beleza é Fundamental), Um Lugar ao Sol, Patchouly, etc... e um êxito espectacular, com um cheirinho de música da feira popular: Chamem a Polícia.

A letra é do mais engraçado que conheço, e sinceramente, garçons pedantes, já todos encontrámos pelo menos uma vez.

Chamem a Polícia (Trabalhadores do Comércio)

"Ero dez para uma no restaurante
Almoçaba alarbemente
A meio do café um garçom pedante
Chigou-se e pos-ma conta frente
Atom bubi o brande todo dum trago,
Berrei pró home num pago, num pago;
O gaijo braunco chamou o girente,
Saltei pa trás, saquei, saiu o pente...
Pra num andare cadeiras pru are,
Atom pus-ma gritare:

Chamem a policia, chamem a policia,
Chamem a policia queu num pago.

Fui ver Lisboa a noite
Parei no Russio
Numa noite sem frio
Mandei bir uma cola
E um gradanapo
E o cara de sapo
Pediume logo o taco o malcriadom
Num me cuntibe passeilhe um sermom
Disse qu’era uso da cunfeitaria
Qu’era mais siguro no tempo que curria.

Chamem a policia, chamem a policia
Chamem a policia, chamem a policia"

Aconselho!

Já agora fica também, a letra de uma das músicas que eu costumava ouvir no leitor de cassetes, que eu levava para todo o lado - Cavalos de Corrida (UHF)

"Agora é que a corrida estoirou, e os animais se lançam num esforço
Agora é que todos eles aplaudem, a violência em jogo
Agora é que eles picam os cavalos, violando todas as leis
Agora é que eles passam ao assalto e fazem-no por qualquer preço

Agora, agora, agora, agora, tu és um cavalo de corrida
Agora, agora, agora, agora, tu és um cavalo de corrida

Agora é que a vida passa num flash e o paraíso é além
Agora é que o filme deste massacre é a rotina Zé Ninguém
Agora é que perdeste o juízo, a jogar esta cartada
Agora é que galopas já ferido, procurando abrir passagem

Agora, agora, agora, agora tu és um cavalo de corrida
Agora, agora, agora, agora tu és um cavalo de corrida, eh"
vejam onde está
25 de Abril

Hoje é feriado. Dia de festa. Ninguém trabalha... ninguém? Pois... alguns de nós tiveram de trabalhar.
No meu caso, tive de ir ver um local de projecto, com a chefe. Por ser feriado, levou o puto com ela. O passeio até que não foi mau. Óbidos, a Região do Oeste.

É um passeio que até gosto bastante, os montes e vales da região, os parque eólicos, a compartimentação da paisagem. Os eucaliptais, instalados e em regeneração, o trigo e a aveia a ondularem com o vento, as vinhas.
Mesmo pela autoestrada é um dos passeios mais bonitos da região de Lisboa. O pior, ir em trabalho, no jipe da chefe... com ela ao volante. Não que eu não goste de ser conduzida, adoro sim conduzir. Mas neste caminho, ir à boleia num jipe é excelente, o ponto de vista torna-se mais abrangente, o pior são as constantes mudanças velocidade, fazem o caminho, ainda que bonito, parecer muito mais longo.

Dia de Lembrança da Revolução da Liberdade. Dia de Inauguração do Túnel do Marquês. Dia de voltar a escrever no blogue. Até amanhã!

Nota: O dia 25 de Abril de 1974 foi um dia especial, de festa, de liberdade. De músicas, de esperança no futuro. O pior foi que a seguir veio o dia 26! As coisas não voltaram à censura de antigamente, mas actualmente parece que: nós falamos, falamos, e não os vemos a fazer nada!

abril 12, 2007

Ai Benfica!...









Força meninos! SLB 4ever! Para o ano há mais... Resta-nos esperar que o FCP escorregue! Temos que continuar a morder-lhes o calcanhar! Pena que eles não tenham um Aquiles!

abril 06, 2007

A Carrinha Volkswagen Amarela

A história começa por mostrar uma família, assim como tantas outras, uma menina, um pai, um rapaz, um avô, uma mãe, um tio.

Esta é a história de uma família que se faz à estrada rumo à Califórnia, numa carrinha VW amarela problemática, levando consigo as suas neuroses e problemas, para que a pequena Olive Hoover possa participar no concurso de beleza Little Miss Sunshine. Uma história divertida, comovente e real onde pode chegar à conclusão, que problemas à parte, a família é o mais importante, mesmo que nos atinja aquele nervo e nos irrite.





Greg Kinnear...Richard


Paul Dano...Dwayne


Alan Arkin...Grandpa


Toni Collette...Sheryl


Steve Carell...Frank

Frases emblemáticas:
Dwayne: You know what? Fuck beauty contests. Life is one fucking beauty contest after another. School, then college, then work... Fuck that. And fuck the Air Force Academy. If I want to fly, I'll find a way to fly. You do what you love, and fuck the rest
_______
Grandpa: I can say what I want - I still got Nazi bullets in my ass.
_______

Olive: Why were you unhappy?

Frank: I fell in love with someone... [interrupted by Grandpa blowing his nose]

Frank: ... who didn't love me back.

Olive: Who?

Frank: One of my grad students. I was very much in love with him.

Olive: *Him*? You fell in love with a boy?

Frank: Very much so.

Olive: That's silly.

Grandpa: [under his breath] That's another word for it...



abril 01, 2007

Ontem foi dia de festa

Levei a mãe a passear, a almoçar fora e ao cine. As escolhas entre as estreias da semana levaram naturalmente ao novo filme do Hugh Grant.


A sátira ao regresso das bandas pop e rock dos anos 80, assim como o aparecimento de novas estrelas pop, onde a letra incide muitas vezes sobre os "rabiosques", leva a uma tarde muito bem passada, a ver o romance que escrever uma música pode gerar. Apreendemos o processo, mas deixamo-nos enredar pela melodia. Aprendemos que o melhor não é a letra, o melhor não é a melodia, mas sim ,que a melodia é como o sexo (a atracção), mas depois quando se começa a conhecer a pessoa isso é a letra, a sua história (o que nos apaixona ao a conhecermos melhor). Temos assim que uma é tão importante quanto a outra, e as duas juntas são o mais importante.

A personagem de Alex Fletcher, mostra-nos o Hugh Grant de sempre, com aquele seu ar "despistado" com que nos tem presenteado na maioria das suas comédias românticas (quem gosta gosta, quem não gosta não gosta) facto que ele próprio lamenta, pois qualquer outro tipo de filme que faça não tem grande sucesso (palavras do próprio numa entrevista recente). Mas este filme mostra-nos uma vertente mais física do actor. Normalmente a sua expressividade mostra-se na face, mas nesta película teve de dar o corpo ao manifesto e o movimento de ancas PoP! é a imagem de marca, que dolorosamente Alex transporta para os seus "concertos" cheios de trintonas e quarentonas que deliram com a sua actuação, de calças justas, deixando os maridos sentados ao canto da sala.

A personagem de Sophie Fisher, protagonizada por Drew Barrymore, é uma mulher cheia de inseguranças, que queria ser escritora mas devido a um fantasma do passado não o consegue ser. O seu modo instantâneo e inspirador de tratar as palavras surge numa das "visitas" a casa de Alex quando lá ia para tratar das plantas. Esta senhora das plantas é uma verdadeira assassina das mesmas, mas tem um jeito especial para as palavras.


A destacar: (é mais ou menos assim) não há nenhum livro, por melhor que seja, que te anime tanto e tão depressa como "I've got Sunshine on a Cloudy day, when it's cold outside I've got the month of May..." aqui está a verdadeira poesia...
Concordo plenamente: esta música faz-me sempre sorrir!


Os protagonistas estão de parabéns mesmo em termos vocais. Adorei a banda sonora, mesmo Pop goes my heart (o videoclip está mesmo Eighties!) e Budha delight (mais ou menos! a voz estridente de Haley Bennet aqui chega a afectar os ouvidos!)

Hugh Grant ... Alex Fletcher (o has-been mais contente por o ser, membro da ex-banda sensação PoP!, compositor)

Drew Barrymore ... Sophie Fisher (escritora frustrada pelos fantasmas do passado, assassina de plantas, lirista amadora (nos tempos livres) entre regar uma planta ou outra)

Brad Garrett ... Chris Riley (o manager que esteve sempre lá)

Kristen Johnston ... Rhonda Fisher (a irmã mais velha, sempre a olhar pela maninha, quando não está de olho no rabiosque de Alex - fã nº1 dos PoP! e principalmente do Alex)

Aasif Mandvi ... Khan (o tone-deft que é porteiro no prédio de Alex)

Haley Bennett ... Cora Corman (a novata pop star, quer quer uma música chamada way back into love, acha que o Dalai Lama é um lama, adora dizer Shanti Shanti, e que quer dançar porque a Shakira está mesmo mesmo atrás dela no top)


homepage - vejam o trailer e aproveitem para ouvir parte das músicas

Way Back into Love
(featuring: Haley Bennett)

I've been living with a shadow overhead
I've been sleeping with a cloud above my bed
I've been lonely for so long
Trapped in the past, I just can't seem to move on
I've been hiding all my hopes and dreams away
Just in case I ever need em again someday
I've been setting aside time
To clear a little space in the corners of my mind
All I want to do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
Oh oh oh
I've been watching but the stars refuse to shine
I've been searching but I just don't see the signs
I know that it's out there
There's got to be something for my soul somewhere
I've been looking for someone to shed some light
Not somebody just to get me through the night
I could use some direction
And I'm open to your suggestions
All I want to do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
And if I open my heart again
I guess I'm hoping you'll be there for me in the end
oh, oh, oh, oh, oh
There are moments when I don't know if it's real
Or if anybody feels the way I feelI need inspiration
Not just another negotiation
All I want to do is find a way back into love
I can't make it through without a way back into love
And if I open my heart to you
I'm hoping you'll show me what to do
And if you help me to start again
You know that I'll be there for you in the end
oh, oh, oh, oh, oh